Ao longo de décadas e décadas, a compreensão d’Os Lusíadas foi sempre, para a maioria dos jovens, uma aventura quase tão difícil e dolorosa como a viagem inaugural do Gama até à Índia. Durante décadas e décadas, o modo como Os Lusíadas foram ensinados, assente mais na análise sintática e na valorização da forma do que na apropriação do conteúdo e da beleza polissémica e metafórica da sua linguagem, gerou ódio e aversão a esta obra seminal da literatura e do amor consciente à pátria donde viemos e que somos, e por causa da qual até há o Dia de Portugal no dia em que Camões faleceu.

Com "Os Lusíadas em linguagem corrente" Vítor Fernando Barros pretende sentar Camões e a sua obra épica no meio dos jovens de hoje, para que estes, finalmente acedendo e conhecendo a porta de entrada na obra através da sua/nossa linguagem corrente, possam finalmente compreendê-la e amá-la. Porque só amamos aqueles que conhecemos…